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Na década de 70, o Pier de Ipanema acabou tendo uma serventia bem mais instigante do que despachar cocô quilômetros mar adentro. As colunas marrons cobertas de algas foram as barras do berço de um movimento que transformou radicalmente toda uma geração.
Ali o Menino do Rio pegava seus tubos enquanto Rose Di Primo fervia a imaginação da rapaziada com seu biquíni. Evandro Mesquita já falava do mesmo jeito que hoje e, junto com o Asdrubal trouxe o Trombone iria dar mesmo o que falar, assim como Gal Costa, Novos Baianos, Fernando Gabeira e tanta gente que entrou no sleeping bag e sonhou à vera.
Ninguém sabia definir muito bem o que acontecia entre aquelas dunas artificiais, mas muita gente tentou mesmo assim: "Um oásis em plena ditadura", "pier do desbunde", "pier do barato", "pier da contracultura", são apenas alguns dos apelidos que a estrutura, desarmada em 1975, ganhou ao virar ponto de encontro de intelectuais, artistas, escritores e jornalistas.
Com o fim do Píer as esquerdas perfeitas voltaram a quebrar no arpoador e tudo pareceu voltar ao normal. Mas só pareceu.
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